quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cotas nas universidades e diversos ângulos

Já faz algum tempo que eu venho tomando coragem para escrever sobre esse tema, para mim sempre foi um dilema, e continua sendo, mas acho que é um tema necessário a ser discutido e comentado, tenho tentado analisar tudo de todos os ângulos possíveis espero ter conseguido fazer com êxito. Falar sobre cotas nas universidades é falar de desigualdade social, confesso que tinha uma opinião divergente da que tenho hoje, talvez por tentar refletir tanto sobre todos os aspectos.

Desde que o mundo é mundo existe a desigualdade social, e não tenho esperanças que ela deixe de existir, mas vemos que ao longo da história romper o determinismo se tornou comum, nascer pobre e se tornar burguês não era tão raro, porém tinha que ser muito melhor para se conseguir esse feito. Hoje é diferente para se ter muitas vezes um bom salário, uma boa casa, carro, e todas as regalias oferecidas pelo capitalismo não é fácil, precisa de muitas vezes de estudo, muito estudo, faculdade, mestrado, doutorado e aí vai...

Todavia sabemos que a educação é algo caro, e educação de qualidade é muito mais caro, como vamos conseguir comparar um aluno que estudou a vida toda em um colégio particular de qualidade que ensinava o melhor e com maior estimulo para preparar o aluno para o vestibular, com um aluno de escola pública sem condições nenhuma de qualquer estimulo e só ouve falar em vestibular na escola quando tem um terremoto (praticamente nunca). São níveis desiguais, o capitalismo traça essa linha, que separa ricos dos pobres, e os que estudaram em escola particular que teoricamente teria condição de pagar uma universidade particular querem estudar nas estaduais e federais que são mais reconhecidas e detém os melhores professores e premiações, e os que estudaram nas escolas públicas são obrigados a entrar nas faculdades particulares (é uma grande controvérsia), os que conseguem pagar, tudo bem vão enfrente, os que não conseguem se viram como podem, entregues a própria sorte, bom agora tem o prouni, mas esse programa não coloca nas melhores universidades que são as públicas.

Toda essa situação que eu acabei de citar é a realidade dos dias atuais, bom mais o que isso tem a ver com as cotas? Simplesmente tudo. As cotas foram criadas com o intuito de diminuir a diferença, tornar o combate no mesmo nível, independente de ser rico, médio ou pobre, assim todos poderiam estar de igual para igual. Eu particularmente acho uma idéia muito coerente, mas como disse tem outros ângulos a serem vistos, eu via por outro lado, de que as pessoas pagam colégios particulares para ter o melhor mesmo, e que educação era para os que podem pagar e pronto.

Mas o que mais me deixava indignado eram cotas para os negros, eles não tem a mesma capacidade do que outro aluno da escola publica? Por que então o favoritismo? Por que para mim parecia mais preconceito do que qualquer outra coisa, eu até ouvia dizerem assim “Se eu fosse negro eu processava o governo!”, é até irônico mais não deixa realmente de ser um preconceito, uma acepção, que o governo está fazendo com os negros.

Porém à pouco tempo comecei a perceber como vemos os negros? Geralmente os rotulamos como marginais, malandros, favelados e por aí vai, não temos um grande hall deles em cargos elevados, são muito poucos, o que faz com que eles sejam rotulados, e percebi que isso também é preconceito, então decidi que um preconceito que coloca um negro na universidade é muito melhor do que o preconceito que só tem a denegrir e humilhar.

Por isso com conclusão de tudo que vemos sobre esse tão polemico, cotas de universidades, eu apoio a decisão do governo de dar a chance para os menos favorecidos, neste ponto o governo do Brasil está de parabéns, apesar de ter criticado tanto sobre esse mesmo tema, só acho que deveria investir mais em educação ao invés de doar milhões e milhões para o MST, mais está no caminho certo, é tão fácil meter o pau, mais elogiar e parabenizar é muito mais difícil, acredito no Brasil, e apesar da corrupção acho que a educação pode mudar a nossa situação.


Vamos tentar ver as coisas com dupla atenção e não rotular nada. Deixe suas opiniões.

Imagem: Logo da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Paulo Fernando

13 comentários:

leticia disse...

oii,que bom que voce gosto do meu blog!!!como seus textos sao grandes,depois passo aqui e leio,pois agora nao vai dar pra eu ler!!

bjs

Gabrielle disse...

Muito bom o texto! Eu também já tive diversas opiniões sobre cotas nas universidades. Concordo que nas faculdades federais a disputa é bem maior, com isso as coisas tendem a ser mais difícieis. Quem estudou em escola particular certamente tem um aprendizado muito melhor. Porém, tem muito aluno bom em escola pública, que se dedica e quer entrar para a mesma faculdade.
Eu acredito que as cotas servem para diminuir essa desigualdade social. Jovens que não possuem condições para bancar uma universidade paga, mas que tem muito conhecimento e merecem seu espaço na universidade. Eu fico com um pé atrás com as cotas para negros. Ainda acho que essa é uma forma de descriminação bárbara, pois não é a cor de uma pessoa que determina sua capacidade. Para mim, qualquer forma de preconceito é ruim.

Beijo!

Anônimo disse...

eu sou a favor de cotas, já que não dá pra tirar o preconceito das pessoas então vamos força-las a viver com a diferença.. minha ex-professora de inglês me disse que na empresa que ela trabalhava (uma multinacional de GRANDE porte) não empregava negros só branquinhos de boa aparência, certa vez também fui fazer entrevista numa empresa (famosa e de grade porte tbm) e me assustei como todos lá eram praticamente albinos, imagina se para um branco muita das vezes é dificil arrumar um emprego pra pagar um cursinho bom ou até msm uma facul particular imagina um negro que além da concorrência tem que lidar com o preconceito..

Fernando Ramos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Ramos disse...

Entendi perfeitamente o que disse do preconceito pelo preconceito, Paulo.

Ainda bem que mudou seu ponto de vista, pois educação, pelo menos a desejável, ou seja, boa, é assegurada pela Constituição a todo cidadão. Já o melhor tipo de ensino, aí não tem como, só pagando mesmo.

A inversão de valores escrota, é a de que Universidade Federal é só pra quem tem dinheiro. Te dou o exemplo da UnB, aqui em Brasília, cujo muitos cursos não têm grade no período noturno. E como alguém que precisa trabalhar pra sobreviver entra na UnB, já que a maioria dos períodos dos cursos são integrais? Complicado, não?

Acerca das cotas, minha opinião é que acho excelente e nada preconceituoso. Esqueçam quando falam de que "se não existem muitos negros, é prque eles não se esforçam.". Este tipo de pensamento é equivocado, burro e extremamente elitizado. Olhe em volta na sua escola e veja quantos negros estudam contigo. Pouquíssimo. Se as cotas não existirem, o ensino superior acaba virando extremamente homogêneo, o que abre brechas pro racismo, afinal, o negro será algo tão raro que quando um aparecer todos ficarão olhando, como se fossem experimentos vivos.

O ponto é que, a sociedade é escassa de negros, e o que pretendem com as cotas é igualá-los nesse âmbito de convivência diário para que não ocorra o que citei no parágrafo anterior.

E a melhor resposta aos branquelos que se sentem desprivilegiados pelas cotas é propor: meu amigo, ok, a gente dá uma vaga na universidade pra você, loiro nórdico do olho claro. Mas em compensação você passaria pelas dezenas de anos de humilhação que os negros já passaram? Não, né?

Na boa, por tudo que a raça negra já sofreu, umas cotinhas na universidades estão muito, muito baratas.

Bom texto, além de polêmico. Abraços!

Bruno Oliveira / Paulo Fernando disse...

Realmente como o Fernando disse está ocorrendo uma homogenização nas universidades, só tem branquinhos, e o que acontece com os negros? Gostei muito dos comentários e eu gostaria de frizar que o governo poderia investir para ter mais cursos noturnos e com mais vagas. Abraço, continuem comentando.

Roberta A. Mondadori disse...

Sim, as cotas foram criadas para diminuir as diferenças. Mesmo com isso, muitos que vêem um aluno negro na faculdade que tenha ou não passado pelo processo de cotas, o primeiro pensamente que surge em muitos é esse: “Olha o cara, passou por causa das cotas” Isso desmerece a capacidade do esforço e gera ainda mais preconceitos.

Sou contra as cotas raciais. No entanto a favor das sociais. Todas as pessoas terão as mesmas oportunidades dentro das classes que eles pertencem. Nesse caso sim, pode-se provar que um indivíduo não teve condição de estudar de forma adequada para entrar em uma boa instituição de ensino.

Kari disse...

Esse não é um texto qualquer, sabe? Daqueles que você lê, comenta e vai embora. Ah não! Você tem que ler, relfetir um pouco antes de comentar qualquer coisa.
Eu sou contra as cotas, toda e qualquer uma delas, mas vou explicar meus motivos.

A cota para negros foi criada apenas com o intuito de afirmar o preconceito existente no país. É fato que, grande maioria dos negros sejam de classes mais baixas, mas isso não justifica.

Já as cotas para escolas públicas, foram feitas apenas para remediar um outro problema, é como "tapar o sol com a peneira". O governo sabe que as condições das escolas públicas não são das melhores e que não é capaz de preparar um aluno para a sua própria universidade pública, logo, ele cria as cotas para que seus alunos possam ingressar na universidade.

Mas acontece que, muitos dos alunos que acabam ingressando através das cotas, principalmente nos cursos de saúde, não tem recusos para se manter no curso, afinal, a universidade é pública, mas existem os gastos com xerox, transporte, e algumas outras coisas. O que acaba no desperdício de uma vaga. Vaga essa que poderia ter sido conquistada por aquele filhinho de papai que passou o ano inteiro fazendo cursinhos.

Aí o governo cria uma outra idéia para botar os seus alunos nas universidades, o ProUni, por exemplo, um programa que acho interessante, visto que, muitos dos estudantes das escolas públicas trabalham e, por isso, não podem se dedicar exclusivamente ao vestibular e por isso, entrar numa universidade dessa forma é uma ótima ideia.

Mas, no entanto, o que deveria ser feito é uma reforma na educação. As escolas públicas deveriam preparar os alunos para as universidades públicas, com um ensino de qualidade, e não tentar concertar um erro no meio do caminho.

Opa! Acabei me empolgando... É que, desde ontem venho pensando sobre o que li aqui e agora que resolvi comentar, não consegui me controlar...

Beijos

O Sibarita disse...

Meus camaradas, parabéns, mais uma vez pelo excelência e bom senso do texto.

Olha, de cara eu sou a favor sim das cotas.

Ao meu ver a instituição das cotas não é e nunca será preconceituosa, é apenas, um pequeno reparo aos negros que sempre sustentaram e sustentam esse pais nos menores cargos e salários.

Eu que sou negro, aliás, é bom que se diga que a Bahia é NEGRA, é o estado brasileiro que tem a maior população negra e fora da Africa é a que tem maior quantidade de negros também.

Vejamos: Os ditos brancos(nada contra)por terem um maior poder aquisitivo com seus bons empregos e salários colocam seus filhos nos melhores colégios pagos, que por sua vez têm as suas mensalidades equivalentes a de uma, Universidade e ou Faculdade paga.

Então, os filhos dos brancos na hora de prestar vestibular vão para as Universidades públicas e os negros que não tem nem o que comer e se quer fazem cursinhos por falta de condições vão para as pagas, é justo isso? Ora, se eles os brancos, podem pagar escolas particulares e cursinhos, por que não podem pagar as Universidades e Faculdades particulares que os valores se assemelham?

O problema dessa discursão toda é que as pessoas no Brasil não gostam de perder suas benesses, ainda, que sejam por uma causa justa! Ai inventam essa onda de que estão com preconceito, com humilhação contra nós os negros.

O que sei é que todos os filhos dos brancos quando entram numa Universidade pública ganham de cara: um carro, uma viagem, aumento da mesada e outros bichos mais como presente, sabe por que?

É fácil, simplesmente porque seus pais deixaram de pagar os cursinhos e escolas particulares, esse dinheiro sobra e seus filhos são presenteados como forma de estímulo com os tais presentes, nada contra, porém, o negro que não tem onde cair duro
vai para as Universidades e Faculdades pagas tendo ainda que se virar para trabalhar, ao passo que o branco tem uma boa mesada pela sobra do dinheiro que pagava seus estudos em escolas e cursinhos particulares.

É ai que os brancos levam vantagem mais uma vez, eles, por não terem que trabalhar tem mais tempo para estudar, pesquisar e não se preocupar com nada nem mesmo com os livros porque os seus pais podem comprar e, nós os mortais negros?

Ah... kkkk (eu rio sim!)Não temos como comprar livros, temos que nos sujeitar a qualquer emprego por que temos de pagar a Uiversidade ou Faculdade. Ai como seremos um bom profissional, se o tempo que temos é para enfrentar o batente todos os dias?

Tem mais, observe, que nós os negros depois de formados (se chegar a formar)temos que nos virar para pagar os prounes da vida, ou seja, o negro já entra na Universidade, Faculdade colocando nos ombros uma dívida futura, é mole é? kkk E os brancos? Se formam na sua maioria absoluta sem dívidas, se eles estão nas públicas para que vão tomar empréstimos? Arreparou isso meus camaradas?

Olha, vou lhe contar uma coisa rápida, eu sou nascido e criado na maré, alagados de Salvador, minha casa era de madeira sobre a maré, a minha rua era ponte sobre a maré. Posto de saúde, escolas, etc, etc. não existiam, qual então a pespectiva de vida futura de todos que lá moravam ou ainda moram? Nenhuma!

No entanto, eu não queria viver mariscando a vida inteira, então, só tive um jeito estudar, estudar e estudar!

Mas, como? Pois bem, eu aos 10 anos de idade aprendi a cortar cabelo numa barbearia que fica perto lá de casa, eu era, era não, sou conhecido até hoje como barberinha lá no bairro. Nessa barbearia eu trabalhava pela tarde/noite até os 19 anos e estudava pela manhã em colégio público e sempre dizia a mim mesmo ainda vou sair disso, vou ser alguém para ajudar aos meus pais e irmãos, quando tirei o científico(2º grau hoje) Fui fazer vestibular para um dos cursos mais concorridos até hoje o de Engenharia Elétrica que só existia até bem pouco tempo aqui na Bahia na UFBA(Universidade Federal da Bahia)imagine a concorrência!

Na maré, eu me lembro, que as pessoas nem sabiam o que era e qual a dimensão de entrar numa Universidade ainda mais Federal, aqui, na época exitiam poucas Universidades e Faculdades particulares. Pois bem, não fiz cursinho, porque eu não tinha condições para pagar e também porque eram raros. Só sei que meti as caras e passei.

Quando eu disse aos meu pais, que eram semi-analfabetos, eles nem ligaram muito, não sabiam a extensão daquilo que seria a mudanças vida de todos nós, da minha família e de muitos jovens na maré.

Eu para ir para a Politécnica (Onde ficam os cursos de Engenharia) me virava, continuava trabalhando na barbearia para ajudar lá em casa e pagar transporte quando sobrava porque a UFBA é distante dos alagados. Quantas vezês fui a pé? Muitas e muitas, sapatos? Não tinha, era sandalia plástica que existia na época.

Aos 27 me formei, é certo, um pouco velho porque eu não tinha condições de pegar todas as matéria no semestre, eu tinha que trabalhar na barbearia e como sabemos na Federal você tem matérias pela manhã, pela tarde e até a noite, então, eu escolhia as matérias pensando em ter horários para eu trabalhar.

Enquanto, eu via meus colegas que não precisavam trabalhar, na sua maioria brancos, pegar todas as matérias em cada semestre, afinal, os pais deles lhes davam mesadas. Só para vocês terem uma idéia de negros só tinha eu e mais uns 15 num universo de mais de 600 alunos (na época) da Politécnica.

O que falo acima é apenas para vocês verem o grau de dificuldade que passa um negro, para ele ir para frente sem entrar na marginalidade tem que ter muita força de vontade e determinação, se não você é engulido, faça fé!

Também, é preciso, que nós os negros tenhamos a consciência de que se podemos coloca os filhos numa Universidade pública depois deles completarem os seus estudos em colégios e cursinhos pagos, não usarem as cotas, sim e por que não?

Ora, se hoje tenho uma melhor condição de vida para dar aos meu filhos colocando-os em bons colégios e cursinhos pagos, é certo que eles estão em pé de igualdade com os brancos e por que eles vão usar as cotas? Se é para um é para todos, as cotas são direcionadas para os negros que não tem condições de bons colégios.

Se o negro como disse acima, tem ou teve bons colégios e cursinhos particulares não há por que tirar a vaga daqueles que não tem tal condição. Tem que fazer o vestibular sem cotas, se o fizer, é a lei do Gerson, querer levar vantagem em tudo, é a tal falta de escrúpulo.

Tenho dois filhos e ambos fazem Engenharia Elétrica na UFBA, mas, não pensem que eles usaram as cotas, não, nada disso! Eu disse aos dois: olha, vocês estudaram nos melhores colégios e cursinhos, então, se escrevam sem cotas, eles entenderam perfeitamente, um deles fez e perdeu duas vêzes, se estivesse nas cotas com certeza teria passado logo no primeiro.

Meus caros, o que falta no Brasil é a prática da cidadania!

Obrigado pelas bondosas palavras no nosso Sibarita, voltem sempre...

abraços,
O Sibarita

Anônimo disse...

Oii!
Obrigada pelo comentário.
E parabéns pelo texto! Surperr bem escrito. E eu adoro textos que não defendem apenas um lado de um tema, mas que mostram os dois lados apesar de (na conclusão) defender apenas um.

Seu raciocínio foi maravilhoso e concordei em cada ponto.

Mais uma vez, parabéns.

E volte sempre ao meu blog ;)

Beijinhooos ;*

Anônimo disse...

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